domingo, 24 de abril de 2011

Eu e eu mesma



Abriram as inscrições para a temporada de "todos estão namorando". E eu, por opção dos outros, acabei entrando numa fase de conviver comigo mesma. Não que seja totalmente ruim, mas eu gostaria de ter escolhido entrar nessa fase e não ter obrigado a entrar nela.

4 dias de feriadão. Ótima oportunidade para reunir os amigos e viajar. Certo? Errado. Minha melhor amiga está namorandinho. Não que eu não torça pela felicidade dela, muito pelo contrário aliás. Mas puxa, todos os assuntos de nossas conversas são relacionados ao novo pretendente. Ela toda apaixonadinha em início de relação achando tudo o máximo e eu numa carência danada. Outras amigas? Sim, como se todas tivessem combinado em um complô do mal, elas também estão namorando. E como todas que namoram (inclusive eu!), amizades ficam em último plano e o foco vai todo para o príncipe escolhido.

Bom, mas já que o mar não está para peixe, resolvi então guardar a vara e cuidar de outras áreas da vida que estavam esquecidas. Primeira área: vida profissional. É muito bom ter os fds livres para estudar, procurar outras oportunidades e até fazer plano de carreira. Isso sem falar nos investimentos no emprego atual. Eu como boa vendedora sempre tive meus melhores resultados em época de carência afetiva. Por que será, né?

Outro lado bom de se ter como única e exclusiva companhia é ter mais tempo para fazer o que gosta sem se importar com o que o outro quer. Mais tempo não, tempo dedicado e exclusivo!
Assisitir àquela comédia romântica bobinha, andar no shopping sem rumo, fazer aquele caminho cheio de trânsito só para olhar vitrines. Enfim, coisas simples e bobas que só fazemos quando estamos sozinhas.

E para finalizar, capítulo dedicado à beleza. Ah, cuidados de beleza. Sabe aquele esfoliação que sua pele já estava pedindo há tempos? Ou então aquela hidratação que seu cabelo adora? Menina, agora é a hora. No fds passado fiz serviço completo: depilação, limpeza de pele e hidratação. Só não consegui fazer as unhas. Motivo: minha manicure resolveu passar o domingo com o namorado.

E assim vai. Lógico que eu preferia estar acompanhada fazendo planos para o futuro. Mas já que não dá fico aqui até essa fase passar. E com certeza quando passar haverá uma Penélopes mais realizada profissional e pessoalmente.

domingo, 17 de abril de 2011

Encontro às escuras, ou melhor, nem tanto


Encontro às escuras hoje no boom das redes sociais não é tão às escuras assim. Sim, porque o cartão de visitas de alguém é sempre a página do face, orkut ou seja lá o que. Mas mesmo você sabendo a cara do cabloco, os gostos, esportes, etc, será que fica mais fácil achar o homem dos nossos sonhos? Eu não tenho tanta certeza disso.

Minha última experiência foi meio frustrante, eu diria. Conheci o Né (de nerd) através de um amigo em comum. Páginas do face apresentadas, fomos para a conversa virtual. A rmaneira como ele se apresentou já mostrava ao que ele vinha. Perguntei o que estava fazendo e ele me disse que estava estudando. Em seguida me manda um link de uma linguagem de programação, tirada da Wikkipédia. Acho que ele já presumia que eu não sabia do que se tratava, só não se deu conta de que eu não tinha obrigação nenhuma de saber! Vendo software, não o desenvolvo.

Bom, mesmo assim conseguimos desenvolver uma conversa. Ou melhor, ele conseguiu e eu apenas comentava. Mas tudo bem, MSN não é parâmetro. Fomos ao encontro no mundo real.

Dia seguinte ele me liga perguntando se eu não estava a fim de ir a um barzinho. Não, eu não estava. Mas............ As coisas nunca acontecerão se não tentarmos, certo? Então lá fui eu. Ritual pré-primeiro encontro cumprido, lá fui eu linda e loira.

Visualmente, até que ele era bem melhor do que virtualmente. Ponto para ele. Mas beleza não é tudo, né amiga. Papo vai, papo vem ele foi se revelando e eu também, lógico.

Realmente era um Nerd. E pior: sem afinidade nenhuma comigo. Mas mesmo assim, a Miss Tentativa aqui  resolveu testar a química. E não foi aquela coisa também. Ainda mais que eu estava em um esquema irmã de amigo, sabe? Quando o amigo te apresenta para outro amigo mas faz mil recomendações para o cara não te magoar. E nessas o amigão banca o santinho. Santinho que nesssas horas em que as coisas não combinam atrapalha um pouco.

Resultado: saímos algumas vezes depois, mas a afinidade que não se revelou no início realmente não vingou e a relação com o Né acabou não rolando. Mas será que se tivesse rolado a química e a afinidade teria rolado? Eu acho que não. Sabe porquê? Porque afinidade não é tudo. E porque também afinidade não é nada.

Ainda fico com minha velha teoria: quando tem que dar ceto, dá, independente de qualquer receita. Porque se houvesse receita para o amor eu não estaria aqui contando essa história para vocês. Eu estaria vivendo um tórrido romance com o Né. E ele comigo.

domingo, 10 de abril de 2011

Cantadas de academia



Toda noite lá estou eu: roupinha confortável e bonitinha, cabelinho preso e muita disposição para puxar ferro e o que mais for preciso para manter esse corpo malhado. E toda noite lá estão eles: os acadêmicos cantantes.

Lógico que toda mulher gosta de ser olhada e desejada. E eu assumo meu lado exibido com muito orgulho. Mas alguns caras perdem a noção do bom senso e resolvem se expressar para as pobres meninas bonitas. Explico porquê.

Vamos começar pelos casados que malham solteiros e praticam cantadas entre um supino e um crucifixo. Na minha academia uma espécie dessas por algum motivo qualquer começou a puxar assunto comigo e começamos a conversar. Para mim viramos amigos, porque homem casado para mim é invisível e impegável.
Para ele eu virei um alvo das cantadas. Já que citei exercícios de peito, vou chamar o acadêmico de Pombo.  Casado há 10 anos, o Pombo pratica umas cantadas meio velhas. Sabe aqueles homens que estão fora do mercado e não se atualizaram? Esse é ele. Eu chego de modelito executiva e vou cumprimentá-lo. Aí pergunto “Tudo bem?” e ele responde “Melhor agoraaaaaaaaa!”. E para arrematar a cantada barata, aquela olhada bem cafajeste e que parece tirar toda a minha roupa e eu tenho vontade de me esconder embaixo de algum aparelho. Por Deus! Tenho a impressão de que todo mundo está vendo e se divertindo muito com a cena. Alguém precisa mandar ele parar de fazer isso antes que ele encontre alguém menos ecologicamente correta que eu que decida fazer um treino de boxe e acabar com a raça do pombo!

Tem também o acadêmico Marombado. Aquele que participa de competições, tem o bíceps maior que coxa de mulher, come peito de frango 4X por dia e por essas e outras acha que a cantada será sempre infalível.  Logo quando nos conhecemos ele veio bem meninão, como quem não quer nada com um papo bem manso ,mas direto: “Você é tão linda! Seu namorado deve ser um cara de sorte!”. Ao que eu respondi: “Acertou em cheio. É mesmo.” Eu naquela época estava com meu pipeline (planilha de prospecção) zerado, sem sequer um rolinho, mas não podia deixar passar essa bola sem dar uma das minhas famosas cortadas. E o Marombado enfiou o rabinho no meio das pernas e voltou a treinar, pensando talvez qual seria a próxima vítima.

Agora, a figura que nunca falta em boa academia que se preze é aquele que nitidamente está lá só para pegar mulher. Não, porque você olha para o infeliz e vê um cara pálido, esquelético de tão magro e com cara de que as únicas mulheres que conhece são aquelas exibidas na tela do computador. Gente, um cara desse pode ser qualquer coisa,menos alguém que está na academia porque é apaixonado por saúde. E o pior é que as cantadas do Nerd são igualmente fracas. Um dia estava treinando panturrilha e ele do lado fazendo leg  press com 20kilos (eu faço com 120 só para você ter uma idéia do nype do cara) e ele me veio com essa: “Você parece uma atriz de um filme que eu não lembro o nome.” Ah, tudo o que eu queria era me parecer com uma atriz que o próprio fã não sabe o nome. E para arrumar lançou o nome do filme, um que eu nunca tinha ouvido falar na vida. E ele ainda achava que ia agradar? Da próxima vez que diga que eu me pareço com alguém mas popular. Em sendo alguém conhecida, pelo menos poderei discordar RS RS

Esses são só alguns exemplos, mas tem muito mais no mundo acadêmico. Tem o cara que canta e pega ao mesmo tempo, como se você fosse um alteres. Tem aquele que esquece de treinar para fiscalizar o treino de glúteo alheio. Tem também aquele que está dando personal e aproveitando o intervalo dos exercícios para dar uma idéia na aluna. Tem aquele que,ávido por um assunto para puxar com a gata, perde a noção do perigo e começa a falar da feijoada de sábado.

Enfim, toda academia está impregnada de cantantes marombados. E assim vai.
Nós, gatinhas indefesas, fazendo o maior esforço para continuarmos gostosas  e ainda ouvindo verdadeiras pérolas masculinas. Mas como diz meu chefe, melhor ouvir certas coisas do que ser surdo.

Olá, muito prazer, eu sou Penelopes!

Loira, olhos castanhos, 1,70 espalhado em um corpo muito bem definido, ou segundo os homens  “gostosa”, 33 anos, independente, inteligente e decidida. E solteira.

Olá, muito prazer, eu sou Penelopes e à  partir de hoje vou compartilhar com vocês, solteiros ou não, algumas de minhas histórias de solteira.
E para você que deve estar se perguntando por que uma gostosa e ainda por cima inteligente está solteira, vou começar a contar como ensolteirei. E a partir das próximas histórias saberá por que continuo solteira.

Ensolteirei ofcialmente há 1 ano quando depois de muitas tentativas  em um namoro que só foi bem sucedido no início, decidi dar um ponto final e mandar o fofo passear. No começo era tudo lindo, ele se mostrou ser o homem perfeito: carinhoso, atencioso, companheiro. E o nó do arremate da conquista mesmo foi ele ter ficado comigo seis meses sem sexo. Não sei se ele fazia algo por fora, aliás prefiro nem pensar nisso, só sei que soube esperar meu tempo e isso me conquistou, porque normalmente sexo é uma coisa que os homens querem comigo desde antes mesmo de me conhecerem! Argh!!!

Mas enfim, depois daqueles 3 meses de experiência o fofo ainda não tinha me assumido como namorada e aí decidi dar o ultimato. Ele inventou mil desculpas e disse que não estava no “momento” de namorar. Ahan, mal sabia eu que esse momento nunca chegaria. Aí, lógico, saí fora. Mas profundamente envolvida e apaixonada não agüentei e fiz o jogo dele. Fui boazinha, obediente, mas aos poucos ia conseguindo meu espaço. E até ficamos numa boa por mais 9 meses até que a coisa desandou e terminei de novo. E ele todo envolvente sabia a hora certa de dar o bote e retomar. E assim foi por quase mais um ano.

A gota d´água foi no fds que ele iria comprar um carro. Estava me bronzeando no clube linda e loira, quando ele me liga. Eu crente que passearia de carro novo, tive uma surpresa: ao invés de comprar o carro, ele resolveu que faria um intercambio nos EUA, por 6 meses e por isso deveríamos terminar. Eu não sabia se me afogava na piscina ou se o mandava ir para algum lugar bem mais longe que os EUA. Mas após ouvir tudo muito atentamente,  disse que ele estava certo e que nos afastaríamos para sempre. Cheque-mate para mim. A jogada dele  na verdade era ele me colocar na gaveta de “ficante” ou até mesmo “reserva”, sabe-se lá o que eu era. Mas eu não aceitei e o coloquei na gaveta de ex-namorado. Nem amigo, nem ficante, nem nada. Somente ex-namorado. Claro que depois disso ele ainda tentou reatar, mas era tarde demais. O cristal já havia se quebrado e finalmente aconteceu: ensolteirei.

No começo eu sofri para caramba, porque no fundo ainda gostava dele. Mas hoje, quase 7 meses depois tenho certeza de que foi a melhor coisa que fiz por mim mesma. E por isso estou aqui: para contar as aventuras de uma solteira. Uma solteira que chama-se Penelopes, mas que pode ser qualquer uma de vocês, pois tenho certeza que todas as solteiras se identificarão com minhas histórias. E mais: todo solteiro também ficará na dúvida se cada uma dessas histórias foi vivida por eles. Mas fiquem tranqüilos, os nomes serão trocados por apelidos carinhosos! RS rs

Olá, muito prazer, eu sou Penelopes! Até a próxima...